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Foto do escritorKarina Heid

Leonor de Aquitânia e os Tribunais do Amor

Leonor da Aquitânia (1122 - 1204) foi uma das mulheres mais ricas e poderosas da Idade Média. Duquesa de Aquitânia e Condessa de Poitiers, tornou-se monarca de dois reinos ao se casar com Luis VII (1137—1152) e, mais tarde, Henrique II (1154—1189), e é conhecida como a avó da Europa. Culta, estudiosa e conhecida mecenas, ela foi patrona de figuras literárias importantes de sua época, e muitos a retratam, hoje, com um livro nas mãos.


Ao se tornar duquesa de Aquitânia aos quatorze anos, Leonor tornou-se a noiva mais cobiçada da Europa, tendo-se casado, três meses após se tornar duquesa, com o rei da França, com quem teve duas filhas. Ela participou da Segunda Cruzada, viajando até a Palestina na liderança do exército da Aquitânia contra as forças do Islã. Após quinze anos como rainha da França, pediu a anulação do seu casamento com base na consanguinidade (eram primos em 4º grau), e logo após a anulação, casou-se com Henrique, Duque da Normandia e Conde de Anjou. Dois anos depois, ela e seu marido foram coroados rei e rainha da Inglaterra.


O Tribunal de Amor em Poitiers


Foi durante o tempo que Leanor passou em Poitiers, entre 1168 e 1173, que surgiu o "Tribunal do amor", onde Leanor e sua filha Marie uniram as idéias de trovadores, cavalheirismo e amor cortês em um tribunal — embora sua existência seja debatida.

Em A Arte do amor cortês , André Capelão afirma que Leanor, sua filha Marie e outras mulheres da corte sentavam-se juntas para ouvir a brigas de amantes e agirem como um júri para as questões do tribunal, que girava exclusivamente em torno de atos de amor romântico. No livro ele registra cerca de vinte e um casos, o mais famoso deles sendo um problema que se coloca às mulheres da época: era possível o verdadeiro amor existir em um casamento? De acordo com Capellão, as mulheres decidiram que não.


Alguns estudiosos acreditam que o "tribunal de amor" nunca existiu, já que a única evidência disso é o livro de André Capelão. Polly Schroyer Brooks, autora de uma biografia sobre a vida de Leanor, sugere que o tribunal era apenas uma brincadeira feita para colocar um pouco de ordem aos jovens cortesãos que viviam em Poitiers, na época.


Rumor ou verdade, o fato é que a ideia de um tribunal romântico foi irresistível demais para uma psicóloga escritora de romances desperdiçar, e, CLARO, ele precisou entrar na história de Lady Malícia :)


Espero que gostem das histórias do Tribunal! (E concordem com o que está lá :)))





Fonte: wikipedia


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